Deixando Marcas Duradouras
São inegáveis as marcas políticas e econômicas deixadas pelo modelo de Estado instituído por Vargas. Desde a ascensão ao poder , em 1930, a inspiração do governo para a organização social vinha da Carta Del Lavoro , idealizada por Benito Mussolini, na Itália. A crise do liberalismo político , que se ampliou após a Primeira Guerra Mundial , fez emergir um pensamento político autoritário, defensor de um Estado forte, capaz de manter a ordem , minimizando , especialmente , o conflito entre trabalhadores e patrões. O modelo corporativista , que pregava a convivência das desigualdades em uma sociedade harmoniosa , era defendido por muitos intelectuais e até a Igreja Católica, desde a encíclica Rerum Novarum (1891). Nesse caso, era reforçado por uma ideia maior de justiça social, com base na doutrina cristã. Apropriando-se dessa concepção , o governo Vargas passou a intervir diretamente na sociedade, regulando a relação entre trabalhadores e empregados. A legislação trabalhista instituiu um modelo de sindicato único para cada categoria de trabalhadores. Controlados e financiados pelo governo , os sindicatos tornavam-se dependentes do Estado. Para muitos autores , esse controle do Estado tinha por objetivo esvaziar o movimento operário, de base anarquista e socialista , evitando greves e enfrentamentos . Nesses caminho, a própria legislação trabalhista- salário mínimo , carteira de trabalho , jornada de oito horas e proteção aos trabalhos feminino e infantil -, dedicada aos trabalhadores urbanos , teria essa função pacificadora. Cabe ressaltar que, com o crescimento industrial, nem todos os trabalhadores tinham tradição no movimento sindical organizado. Muitos migravam do campo para a cidade, principalmente das regiões Norte e Nordeste para o Sudeste. Aqueles que conseguiam emprego , as medidas sociais do governo podiam significar proteção, e não apenas repressão. O modelo de desenvolvimento estabelecido a partir do longo governo Vargas tinha o Estado como agente econômico. Daí a criação de inúmeras empresas estatais com emprego de muitos funcionários. O espírito intervencionista manifestava-se na criação de institutos centrais para o café, açúcar , mate , álcool, algodão, cacau, etc. , instituindo uma forte burocratização. As empresas públicas atuavam em diversos setores da economia - da produção de aço aos transportes - com privilégio para as chamadas "indústrias de base". A iniciativa privada também era estimulada, sobretudo, na produção de bens de consumo não duráveis. O estado financiava as atividades industriais mediante empréstimos bancários e investia na formação de mão de obra especializada por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) , do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) e das Escolas Técnicas Federais (ETFs) . O capitalismo industrial brasileiro crescia em uma relação de troca entre os empresários e o Estado. A eficácia e a permanência do modelo getulista não foram garantidas apenas pela repressão , mas também pela introdução da política de massa no país, inspirada nas experiências italiana e alemã de propaganda. A imprensa e o rádio, em programas como a Hora do Brasil, eram amplamente utilizados como instrumentos de convencimentos da população. Fazia-se um discurso de valorização do trabalhador disciplinado e produtivo, utilizando símbolos da luta operária , como a comemoração do Dia do Trabalho (1¤ de maio) . Nesta e em outras ocasiões , trabalhadores, crianças e jovens saíam em passeatas , organizadas pelo governo, com cartazes e panfletos exaltando a pátria e o grande líder da nação. As crianças constituíam um objeto privilegiado de propaganda , com a publicação e distribuição de livros destinados à formação cívica , como "O Brasil é bom, Getúlio Vargas para crianças e catecismo cívico do Brasil Novo. Enfim, em uma época de grandes transformações, no início da transição de um mundo de base agrário-exportadora para outro estruturado sobre uma economia urbano -industrial, o modelo de desenvolvimento e o mito de Getúlio Vargas, alimentando pela propaganda , criavam raízes , deixando lastros de longa duração na política e na sociedade brasileiras.
A Convenção Da Diversidade Biológica
Estabelecida durante a ECO-92 , é também conhecida como Tratado da Biodiversidade. A convenção (CDB) propõe valores comerciais para o conhecimento acumulado pelos povos das florestas e o pagamento, pelas nações, pelo direito de uso de produto sintetizados com matrizes vindas de locais de grande biodiversidade fora de seu território. Passaria aí a vigorar um novo conceito de patente , que preserva os direitos das comunidades e dos países ricos em biodiversidade. Uma vez que a maior parte dos produtos é fabricada por multinacionais sediadas em países ricos e as maiores biodiversidades encontram-se em nações mais pobres , o acordo significaria a entrada de recursos que poderiam ser aplicados no desenvolvimento desses países e na preservação de seu ecossistema. Com o tratado , a saída de material genético de uma nação para exploração comercial em outra sem pagamento de patente passa a ser considerada biopirataria. Até dezembro de 2007 , a CDB tinha a adesão de 190 países , entre os quais o Brasil. Melhorar a qualidade de vida nas grandes cidades é um dos grandes desafios deste século. Cidades bem planejadas devem contar com um sistema de tráfego mais eficiente , transporte coletivo que atenda satisfatoriamente a todos, abastecimento de água para todas as moradias e rede de esgotos, coleta seletiva em todos os bairros e otimização da reciclagem e da compostagem, preservação das áreas verdes e uso intensivo das energias renováveis disponíveis no local. Um programa de educação ambiental é fundamental nesse processo, pois permite que a população se torne mais consciente dos problemas que afetam a cidade e das formas mais eficazes para combatê-los. Há exemplos no mundo todo de cidades que melhoraram a qualidade de vida com medidas desse tipo. Entre elas, Leicester , na Inglaterra , Davis , nos Estados Unidos, e Curitiba , no Brasil. O mais importante é que cada pessoa se torne permanentemente ativa em favor do meio ambiente, ou seja, que se envolva em campanhas políticas e apoie os candidatos que trabalham em favor do meio ambiente , em todos os níveis , desde as comunidades locais até o nível federal. Se não mudarmos o sistema energético, não seremos capazes de realizar as mudanças necessárias como indivíduos . Podemos tomar muito cuidado para desligar o interruptor ao deixar uma sala , mas , se a energia vier de uma usina de carvão , não importa quanto se economia, estaremos contribuindo para a desestabilização do clima na Terra. Portanto, temos, antes de mais nada, de mudar o sistema que provê a energia. O passo seguinte é mudar nosso estilo de vida, aí sim, reduzindo o uso de energia, reciclando materiais como papel , vidro , plástico, etc., e apoiando programas de reciclagem na nossa comunidade. É o que podemos e devemos fazer individualmente para tornar mais leves nossas pisadas na Terra. As plantações que fornecem alimento ao ser humano são ecossistemas simplificados, fora do estágio de clímax . As espécies de plantas foram selecionadas para proporcionar produtividade elevada de alimento (Grande Número de Sementes, como no caso dos cereais e das leguminosas). Mas esses sistemas são mais sensíveis ao ataque de pragas que uma floresta ou outra comunidade clímax. Os insetos nocivos são beneficiados não apenas pela ausência de predadores e predadores e competidores, mas também pela farta quantidade de alimento disponível. Além disso, eles e os outros e os outros organismos parasitas , como os fungos, propagam-se com mais facilidade por causa da proximidade entre as plantas e porque não há vegetais resistentes, que poderiam funcionar como barreira. Outro problema está nas culturas de propagação assexuada, como a cana-de-açúcar, formadas por organismos geneticamente idênticos e que , por isso, são mais suscetíveis ao ataque de pragas (quando há variedade genética, há também maior chance de que alguns indivíduos sejam resistentes e sobrevivam). Nesse caso, passa a ser necessário o uso de agrotóxicos ou de outras formas de combate às pragas.
Musgos de Turfeira : Importância Econômica e Ecológica
Certos musgos, especialmente do gênero Sphagnum, formam amplos depósitos de matéria vegetal parcialmente decomposta chamados turfas. Os musgos que compõem as turfas. Os musgos que compõem as turfas são chamados musgos de turfeira. Eles crescem rapidamente na superfície e vão comprimindo os que estão nas camadas mais profundas. Como produzem certos compostos que impedem a ação de bactérias decompositoras , os que vão sendo encobertos e morrem não são completamente degradados. As turfeiras ocorrem especialmente em regiões frias e pantanosas, e chegam a cobrir cerca de 1% da superfície total do planeta. A turfa foi, e ainda é, empregada como fonte de combustível em muitos locais. Esses musgos podem secar a ponto de ficarem quebradiços, mas com um pouco de água já respondem rapidamente e voltam a ter aspecto viçoso. Devido a essa característica, eles têm sido empregados na preparação de solos , e na proteção de raízes de plantas visando o transporte. A quantidade de água que os musgos de turfeira são capazes de absorver pode ultrapassar 20 vezes o seu peso.
A Era Mauá
Tratando-se de um país essencialmente agrário, os interesses econômicos brasileiros estavam concentrados no campo. A sociedade escravista impunha sérios obstáculos ao desenvolvimento do capitalismo. A própria elite mercantil cultuava ideais aristocráticos . Investimentos em terras, escravos e prédios urbanos garantiam mais prestígio e segurança do que o comércio e a indústria. As consequências disso eram e a esterilização de recursos e o arcaísmo socioeconômico . Em linhas gerais , esse o contexto brasileiro até, pelo menos, meados do século XIX, quando novas condições surgiram. Em 1844 , a Tarifa Alves Branco elevou as alíquotas de importação. FAVORECENDO a produção interna. Com o fim do tráfico de escravos , em 1850 , houve uma grande liberação de capital , que empregado, também , no comércio e na indústria. Nesse mesmo ano, o Código Comercial passou a regular as novas organizações capitalistas e as operações comerciais. Anos mais tarde, as guerras de Secessão, nos Estados Unidos e do Paraguai tiveram reflexos favoráveis ao surgimento de indústrias no Brasil. Todos esse fatores contribuíram para a ocorrência de um surto de industrialização. Entre 1850 e 1889 , surgiram centenas de pequenas fábricas , entre manufaturas de algodão e indústrias de bens de consumo, vela , sabão, papel , couro , vídeo , etc. Nesse período , o empresário mais famoso foi Irineu Evangelista de Souza (1813-1889) , que , mais tarde, ficou conhecido como Visconde de Mauá. Como industrial, Visconde de Mauá criou fundações e estaleiros. Ele chegou , inclusive a possuir bancos no Brasil e no Uruguai. Além disso , Mauá fundou companhias de navegação a vapor , transporte urbano e iluminação a gás, assim como ferrovias e linhas telegráficas, buscando , de modo pioneiro , modernizar o país. As dificuldades e o posterior falências de Mauá revelam algumas contradições do período . De um lado , a modernização esbarrava na escravidão : Limitada participação escrava nas trocas monetárias impedia a universalização das relações de mercado. A forte desconfianças e a oposição dos senhores rurais escravistas também eram empecilhos ao desenvolvimento industrial. De outro, a instabilidade do mercado internacional e a concorrência estrangeira atuavam como freio aos pioneiros da indústria no Brasil. A propósito, Ma´á atribuiu sua ruína a inimizades políticas no Brasil e no Uruguai , bem com a desfalques de seus sócios ingleses na construção da ferrovia Santos-Jundaí. Assim, apesar de alguns esforços em prol da modernização , a industrialização brasileira foi bastante limitada nessa época . Com um mercado frágil e instável , em lenta ampliação , as transformações foram superfícies e artificiosas, resultantes de esforços isolados. Ainda não havia um grupo industrial , mas empresários que diversificavam seus investimentos tornando-se rentistas e fundando pequenas indústrias. As velhas bases da economia colonial - o latifúndio, a agricultura de exportação e o trabalho escravo - persistiam. O modo de produção e a mentalidade escravista continuavam a corroer as possibilidades de mudanças.
Plantas Tóxicas
Muitas plantas apresentam, pelo menos em algumas partes, princípios ativos com ação tóxica. No entanto , a simples presença desses princípios em uma planta não a qualifica necessariamente como tóxica. É necessário que haja pelo menos uma referência na literatura de um caso de intoxicação em seres humanos ou animais domésticos motivada por ingestão ou contato com uma planta para que ela seja incluída na lista das espécies tóxicas. A relação de princípios ativos tóxicos é muito variada , como também o são os mecanismos de sua ação. Muitas vezes, a intoxicação não é causada por substâncias produzidas pela planta, mas por agentes que a infectam , como fungos que infectam a torta de amendoim armazenada para servir de ração ao gado bovino. Algumas plantas são tóxicas porque absorvem e acumulam elementos tóxicos do solo, como o selênio. Outras plantas são tóxicas porque desencadeiam processos alérgicos pelo contato da pele com suas folhas. Assim, é importante conhecer as plantas tóxicas que mais comumente são causa de intoxicação em seres humanos. Vale a pena também acrescentar que nenhuma planta agride o ser humano. Ao contrário , invariavelmente é ele o agente agressor. A planta simplesmente utiliza os recursos que a natureza lhe deu para tentar resistir aos ataques dos quais frequentemente é vítima. Tudo o que devemos fazer é evitar o contato e a ingestão de partes de plantas que podem provocar reações adversas no organismo. Não há também nenhum inconveniente em mantê-las em ambiente doméstico, desde que as pessoas (principalmente as crianças) sejam alertadas para perigo representado pela ingestão ou manipulação de plantas tóxicas. Há plantas alimentícias que podem ser ingeridas somente após um tratamento que inative ou elimine os princípios tóxicos. Um exemplo corriqueiro é o feijão , que precisa ser cozido para inativar certas proteínas da semente. Por isso, é fundamental esclarecer a população sobre os riscos de intoxicação pelo uso inadequado de algumas plantas comestíveis. Outro exemplo é a Manihot Esculenta, a popular mandioca. Apesar de ser uma planta largamente consumida como fonte calórica, se for preparada inadequadamente, a mandioca causa uma intoxicação que, não raro, se torna fatal. A raiz da mandioca contém uma substância chamada linamarina, que , sob a ação de uma enzima presente nos tecidos da próprias raiz, decompõe-se, liberando , entre outras substâncias , o cianidrato. Este é o mesmo gás utilizado em alguns locais do Estados Unidos para a execução de condenados na câmara de gás.
Certas variedades de mandioca acumulam quantidades muito maiores de linamarina: são as chamadas mandiocas-bravas. Sem análise química , não é possível distinguir as variedades "bravas" das "mansas" . A linamarina ocorre em maiores quantidades na casca da raiz , mas a polpa branca comestível contém quantidades consideráveis dessa substância. Na circulação sanguínea o cianidrato libera o íon cianeto, que é transportado pela hemoglobina. Nas células, o cianeto liga-se fortemente ao citocromo mitocondrial, responsável pelo transporte de elétrons na respiração celular. Por essa razão, a pessoa intoxicada passa por um processo de asfixia celular que, dependendo da quantidade de cianeto no sangue, pode provocar a morte. A maneira mais segura de se preparar a mandioca para a alimentação é eliminar uma boa espessura dos tecidos mais externos sob a casca, deixou as partes descascadas imersas em água por 1 ou 2 horas (o que causa a morte das células e a decomposição da linamarina) e cozinhá-las em água fervente por pelos menos 1 hora.
Certas variedades de mandioca acumulam quantidades muito maiores de linamarina: são as chamadas mandiocas-bravas. Sem análise química , não é possível distinguir as variedades "bravas" das "mansas" . A linamarina ocorre em maiores quantidades na casca da raiz , mas a polpa branca comestível contém quantidades consideráveis dessa substância. Na circulação sanguínea o cianidrato libera o íon cianeto, que é transportado pela hemoglobina. Nas células, o cianeto liga-se fortemente ao citocromo mitocondrial, responsável pelo transporte de elétrons na respiração celular. Por essa razão, a pessoa intoxicada passa por um processo de asfixia celular que, dependendo da quantidade de cianeto no sangue, pode provocar a morte. A maneira mais segura de se preparar a mandioca para a alimentação é eliminar uma boa espessura dos tecidos mais externos sob a casca, deixou as partes descascadas imersas em água por 1 ou 2 horas (o que causa a morte das células e a decomposição da linamarina) e cozinhá-las em água fervente por pelos menos 1 hora.
A República E As Oligarquias
Passado o período dos governos militares, entre 1894 e 1906 , o Brasil foi governado por três presidentes civis, ligados às oligarquias paulistas: Prudente de Morais, Campos Sales (1841-1913) e Rodrigues Alves (1848-1919) . Com o federalismo , o poder dos estados cresceu e o governo pôde desarticular as oposições jacobina e militar na capital federal. Nesse período , a hegemonia política do Sudeste , correspondente ao seu poder econômico , foi garantida por uma aliança entre São Paulo, o estado mais rico, e Minas Gerais, onde estava o maior eleitorado e que , por conseguinte, elegia a maior bancada no Congresso Nacional. Pelo acordo , que ficou conhecido na imprensa como política do café com leite, os dois estados deveriam se revezar no poder. Entretanto, a estratégia nem sempre funcionava. Outras oligarquias ocupavam lugares nas chapas presidenciais e obtinham o atendimento de certas demandas locais. Para garantir a aceitação dos predomínios paulista e mineiro e um equilíbrio entre o Executivo e o Legislativo, estabeleceu-se uma espécie de pacto entre as oligarquias, que ficou conhecido como Política Dos Governadores. Assim, o executivo não interferia nas eleições estaduais , e ao mesmo tempo, as oligarquias locais garantiam um Congresso obediente ao presidente. Os detentores do poder local , durante toda a Primeira República , foram chamados dos coronéis . O título derivada de um artigo posto da guarda nacional do Império.
Oriundos dos troncos familiares tradicionais e com a inexistência de uma carreira para o serviço público , como líderes políticos de suas localidades, os "coronéis" distribuíam cargos públicos entre seus familiares e agregados, favorecendo o clientelismo e o nepotismo. Fazendeiros temidos e respeitados , os coronéis constituíam uma força armada própria , com seus capangas ou jagunços. Como o voto não era secreto e não havia nenhuma legislação que os protegesse , os trabalhos rurais , que formavam o grosso da população brasileira, ficavam à mercê da coerção dos grandes proprietários . Além das fraudes constantes , o "Voto de Cabresto" garantia o controle das eleições nas mãos dos coronéis. Enfim, a patriarcalismo rural, com umas redes de compromissos , oferecia poucas saídas à população. A República das Oligarquias colocava a "coisa pública" sob domínio privado. Era uma sociedade desigual e excessivamente dependente do Estado . A base política era formada por partidos estaduais, cujos interesses eram, sobretudo, regionais. Assim, tornava-se difícil falar em um projeto coletivo nacional. Com isso, as disparidades regionais se acentuavam.
Racionamento , Privatização e Falta de Investimentos
O racionamento de energia enfrentado por parte da população no começo do século XXI poderia ter ocorrido nos anos 1990 , se a economia brasileira tivesse crescido num ritmo mais acelerado, pois nesse período o governo já não investia mais o necessário para ampliar a oferta de energia. Além disso, o processo de privatização apresentou uma série de problemas , como o não cumprimento , por parte das empresas que compraram as estatais , das metas de aumento da geração de energia. Em 2002, como resultado da redução do consumo de energia, várias distribuidoras de eletricidade passaram a enfrentar dificuldades financeiras; as filiais de multinacionais, em especial, eram pressionadas a remeter lucros cada vez maiores para suas matrizes. Para solucionar , a curto prazo , o problema do déficit energético e evitar novo racionamento, o governo estimulou investimentos em termelétricas movidas a gás natural, acelerando o Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT) iniciado em fevereiro de 2000. Esse programa vincula-se à construção de um gasoduto que liga Santa Cruz de La Sierra , na Bolívia , aos estados do Sul e Sudeste; o último trecho foi inaugurado em março de 2000.
A construção do gasoduto Brasil-Bolívia é uma das obras que atendem às mudanças implantadas na política energética brasileira. No entanto, em razão dos elevados investimentos na construção desse gasoduto, questiona-se se a capacidade de produção boliviana justifica o empreendimento, cujo retorno depende do tamanho da reserva e do volume de gás que poderá fornecer ao país. Além disso, outros fatores de risco são o preço do gás natural (cotado em dólar e afetado pelas variações cambiais) e a cotação do produto no mercado internacional. O investimento no gasoduto também precisa ser analisado a partir de interesses geopolíticos, pois faz parte da estratégia do governo brasileiro ampliar sua influência no contexto sul-americano.
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