Formada a mórula , ela deverá passar , logo a seguir , para as fases de blástula e, depois , gástrula. A blástula começa a se estabelecer quando o blastômeros (que formavam um maciço na mórula) passam a se organizar todos na periferia , delimitando uma cavidade central. Na segmentação parcial superficial , não há a fase de mórula, pois forma-se logo a blástula , envolvendo a massa vitelina. Nos outros tipos de segmentação forma-se primeiramente a mórula, para só depois surgir a blástula. Ela pode formar-se, como sucede na espécie humano, pela absorção de líquidos feita pela mórula. Esses líquidos acumulam-se no interior , induzindo a nova disposição dos blastômeros na periferia. Nos mamíferos, costumamos chamar a blástula de blastocisto. Vamos estudar, agora, separadamente , as etapas de blástula e gástrula em animais inferiores e, a seguir , nos mamíferos , tomando como exemplo a espécie humana. Inicialmente , a gástrula tem dois folhetos embrionários: o ectoderma e o endoderma. Diz-se que a formação da gástrula ou gastrulação se faz por embolia, quando ela ocorre uma invaginação de um pólo da blástula. O estudo da gastrulação por embolia é feito experimentalmente (em laboratório) com um animal chamado anfioxo, marinho , minúsculo , de corpo achatado, considerado popularmente como peixe , mas que na realidade é protocordado (meio termo entre invertebrado e vertebrado). A gástrula do anfioxo tem o formato de um balão . E você pode esquematizar esse balão de acordo com o corte que se faça no corpo dele- um corte longitudinal , passando-lhe pela boca, ou um corte transversal (neste caso, a boca não aparecerá no esquema). Na gástrula do anfioxo , de repente começa a formação quase simultânea do mesoderma , do tubo neural e da notocorda (ou notocórdio). O endoderma origina duas evaginações laterais , que vão tomando a forma de duas bolsas, até que se estrangulam e se separam do endoderma. Essas bolsas laterais são o mesoderma. Elas deverão expandir-se cada vez mais até separar o ectoderma do endoderma. O folheto mesodérmico aplicando ao ectoderma recebe o nome de folheto somático e , juntamente com o ectoderma, constitui a somatopleura. O folheto mesodérmico grudado no endoderma é o folheto esplâncnico, que constitui com o endoderma a esplancnopleura. O espaço entre a somatopleura e a esplancnopleura é o celoma ou cavidade geral do embrião. Ao longo do dorso da gástrula, o ectoderma sofre uma depressão, originando uma espécie da canaleta- o sulco neural - , que posteriormente, fecha os seus bordos , delimitando um canal - o tubo neural . Esta peça embrionária deverá originar todo o sistema nervoso central do organismo que se formará. Ao mesmo tempo, na parte mais alta do endoderma , ocorre a evaginação longitudinal, que resultará na formação de um cordão fibroso paralelo ao dorso do embrião, chamado notocorda ou notocórdio. Este cordão fibroso representa o primeiro esboço de esqueleto axial do indivíduo . Nos animais vertebrados (peixes, anfíbios , répteis , aves e mamíferos) , a notocorda vai sendo gradativamente substituída (célula a célula) por tecido ósseo, que invade o seu espaço , até ser constituída , por substituição , a coluna vertebral. Durante este processo , vai havendo , simultaneamente um englobamento do tubo neural. Assim, quando surge a coluna vertebral, ela já envolve no seu interior a medula raquiana ou espinhal.
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