A República E As Oligarquias


Passado o período dos governos militares, entre  1894 e 1906 , o Brasil foi governado por três presidentes civis, ligados às oligarquias paulistas: Prudente de Morais, Campos Sales (1841-1913) e Rodrigues Alves (1848-1919) . Com o federalismo , o poder dos estados cresceu e o governo pôde desarticular as oposições jacobina e militar na capital federal. Nesse período , a hegemonia política do Sudeste , correspondente ao seu poder econômico , foi garantida por uma aliança entre São Paulo, o estado mais rico, e Minas Gerais, onde estava o maior eleitorado e que , por conseguinte, elegia a maior bancada no Congresso Nacional. Pelo acordo , que ficou conhecido na imprensa como política do café com leite, os dois estados deveriam se revezar no poder. Entretanto, a estratégia nem sempre funcionava. Outras oligarquias ocupavam lugares nas chapas presidenciais e obtinham o atendimento de certas demandas locais. Para garantir a aceitação dos predomínios paulista e mineiro e um equilíbrio entre o Executivo e o Legislativo, estabeleceu-se uma espécie de pacto entre as oligarquias, que ficou conhecido como Política Dos Governadores. Assim, o executivo não interferia nas eleições estaduais , e ao mesmo tempo, as oligarquias locais garantiam um Congresso obediente ao presidente. Os detentores do poder local , durante toda a Primeira República , foram chamados dos coronéis . O título derivada de um artigo posto da guarda nacional do Império.
Oriundos dos troncos familiares tradicionais e com a inexistência de uma carreira para o serviço público , como líderes políticos de suas localidades, os "coronéis" distribuíam cargos públicos entre seus familiares e agregados, favorecendo o clientelismo e o nepotismo. Fazendeiros temidos e respeitados , os coronéis constituíam uma força armada própria , com seus capangas ou jagunços. Como o voto  não era secreto e não havia nenhuma legislação que os protegesse , os trabalhos rurais , que formavam o grosso da população brasileira, ficavam à mercê da coerção dos grandes proprietários . Além das fraudes constantes , o "Voto de Cabresto" garantia o controle das eleições nas mãos dos coronéis. Enfim, a patriarcalismo rural, com umas redes de compromissos , oferecia poucas saídas à população. A República das Oligarquias colocava a "coisa pública" sob domínio privado. Era uma sociedade desigual e excessivamente dependente do Estado .  A base política era formada por partidos estaduais, cujos interesses eram, sobretudo, regionais. Assim, tornava-se difícil falar em um projeto coletivo nacional. Com isso, as disparidades regionais se acentuavam.

A Importância de Reciclar O Alumínio

Atualmente , milhões de toneladas de alumínio são gastas no mundo inteiro para fabricar recipientes ("latas") de refrigeran...