Subdesenvolvimento e Dependência



Após fazer uma análise crítica das teorias da modernização, vários autores , na década de 1960, procuraram explicar a questão da diferença entre os países por um outro ângulo , focalizando a história diferencial de cada sociedade e as relações econômicas e políticas entre os países. A pergunta que se fazia era a mesma proposta pelas teorias anteriores: por que os países da América Latina eram subdesenvolvidos e os da Europa e os Estados Unidos eram desenvolvidos? As respostas , porém, mudaram. Esses autores partiram de uma visão que foi desenvolvida pela Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), da Organização das Nação Unidas (ONU). De acordo com os estudos da Cepal , do ponto de vista econômico , mas relações entre países desenvolvidos havia uma troca desigual e uma deterioração dos termos de intercâmbio. Historicamente , isso se explicava por uma divisão internacional do trabalho, em que cabia aos países periféricos (dominados) vender aos países centrais (dominantes) produtos primários (agrícolas , basicamente) e matérias-primas (sobretudo minérios) e comprar produtos industrializados. Ao longo dos anos , foi necessário que os países periféricos vendessem mais matérias-primas e agrícolas para pagar a mesma quantidade de produtos industrializados , ou seja , trabalhavam mais e vendiam mais para receber o mesmo e assim enriquecer aqueles que já eram ricos. Os países centrais e os periféricos tinham passado diferente. Os países europeus foram as metrópoles no período colonial, ao passo que os da América Latina foram as colônias e, depois da independência, passaram a ser dominados economicamente pela Europa e pelos Estados Unidos. Isso prejudicou a emergência pela Europa e pelos Estados Unidos. Isso prejudicou a emergência de forças livres para o desenvolvimento autônomo os países periféricos. Andrew Gunder Frank , sociólogo alemão, afirmava que na América Latina havia apenas o desenvolvimento do subdesenvolvimento , pois os países centrais , além de explorar economicamente os periféricos, dominavam-nos politicamente , impedindo qualquer possibilidade de desenvolvimento autônomo. E essa relação desde o período colonial por que alguns tinham se desenvolvido e outros não. Um segundo grupo de sociólogos , do qual participaram o brasileiro Fernando Henrique Cardoso e o chileno Enzo Falletto, propôs uma explicação um pouco mais detalhada dessa relação. De acordo com sua análise , após a primeira fase de exploração, que durou até  fim da Segunda Guerra Mundial , iniciou-se um novo movimento que aprofundou os mesmos bens primários para exportação, mas a partir da década de 1960 houve uma mudança, principalmente no Brasil, na Argentina , no Chile e no México : A internacionalização da produção industrial dos países periféricos. Como isso ocorreu?  A industrialização dependente configurou-se mediante a aliança entre os empresários estrangeiros e nacionais e o Estado nacional. Os produtos industriais que antes eram que antes eram fabricados nos países desenvolvidos começaram a ser produzidos nos países subdesenvolvidos , porque era mais barato. Além disso, com a produção local, evitava-se o gasto com o transporte. Mas o fundamental era que as matérias-primas estavam próximas , a força de trabalho era mais barata e o Estado dava incentivos fiscais (deixava de cobrar impostos) e construía toda a infra-estrutura necessária para que essas indústrias se instalassem e funcionassem. Em alguns países onde havia essas condições , as grandes indústrias estrangeiras se instalaram e geraram um processo de industrialização dependente , principalmente , da tecnologia que traziam. Com isso, além de manter a exploração anterior. Os países centrais exploravam diretamente a força de trabalho das nações subdesenvolvidas. Essas teorias procuravam explicar a existência das diferenças entre os países , as possibilidades de mudança de uma situação a outra e as condições possíveis para que isso acontecesse no sistema capitalista , sem necessariamente questioná-lo.


A Importância de Reciclar O Alumínio

Atualmente , milhões de toneladas de alumínio são gastas no mundo inteiro para fabricar recipientes ("latas") de refrigeran...