Depois das grandes transformações pelas quais o Brasil passou nos últimos trinta anos, a questão do desemprego continua sendo um dos grandes problemas nacionais. Na agricultura houve a expansão da mecanização em todas as faces - preparo da terra , plantio e colheita-, ocasionando a expulsão de milhares de pessoas , que tomaram o rumo das cidades. Na indústria , a crescente automação das linhas de produção também colocou milhares de pessoas na rua. Para ter uma ideia do que aconteceu nesse setor , basta dizer que, na década de 1980 , para produzir 1,5 milhão de veículos , as montadoras empregavam 140 operários. Hoje , para produzir 3 milhões de veículos , as montadoras empregam apenas 90 mil trabalhadores. Nos serviços , principalmente no setor financeiro , a automação dos setores produtivos e de serviços conseguiu aumentar a riqueza nacional, não provocou o aumento da quantidade de empregos- ao contrário , a modernização tem aumentado o desemprego. Esse quadro só poderá ser mudado com mais desenvolvimento econômico, afirmam alguns, outros dizem que é impossível resolver o problema na sociedade capitalista, pois , por natureza , no estágio em que se encontra , ela gera o desemprego, e não há como reverter isso na presente estrutura social; há ainda os que consideram o desemprego uma questão de sorte , de relações pessoais, de ganância das empresas , etc. Todas as explicações podem conter um fundo de verdade , desde que se saiba a perspectiva de quem fala. Entretanto, está faltando uma explicação , que deixará claro que o desemprego não é uma questão individual nem culpa o desempregado. Essa explicação está na política econômica desenvolvida no Brasil há mais de vinte anos, até o início do século XXI. A inexistência de postos de trabalho, além das razões anteriormente apontadas , foi o resultado de uma política monetária de juros altos e, também , de uma política fiscal de redução dos gastos públicos. Nos últimos anos, essa tendência foi alterada com a queda gradativa dos juros e com o aumento dos gastos públicos. Excetuando o final de 2008 e o ano de 2009, devido à repercussão da crise financeira mundial, observa-se que há uma tendência de queda do desemprego no Brasil. Segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) , divulgada no início de 2009 pelo IBGE , a taxa de desemprego em 2008 ficou em 7,9% contra 9,3% em 2007. É o menor índice da série histórica , iniciada em 2002, que contempla os dados das regiões metropolitanas de Recife , Salvador , Belo Horizonte , Rio de Janeiro , São Paulo e Porto Alegre. A previsão que eles tiveram para 2010 é que o nível de emprego e o aumento de renda retornarão aos patamares anteriores à crise financeira. Isso só poderá ocorrer com a ampliação da presença do Estado nos mais diversos setores - educação , saúde , segurança , transporte, cultura, esporte , lazer - , além de investimentos maciços em obras públicas (de infraestrutura , principalmente) e habituação e incentivos crescentes a todos os setores industriais , o que envolverá a contratação de milhares de pessoas. Parece que este será o grande desafio para este século: um sistema eficiente de proteção e assistência do trabalhador.
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